Quem procura, acha:

Há gente que ainda não entendeu que o número de casos que cada país tem está diretamente relacionado com o número de pessoas que são testadas, e com o número de testes disponíveis (e ainda com a transparência dos respectivos governos).

Sem testes disponíveis e sem pessoas testadas, oficialmente não existe coronavírus num país.

Caso que se vê atualmente na China. Onde basicamente não existem novos casos. "50 na China" é abaixo de zero.

Há gente que ainda nem sequer percebeu, que não é possível diagnosticar com certeza o coronavírus, porque os seus sintomas são quase iguais a outras gripes, e por isso é necessário um teste, o chamado "kit", que tem custos associados.

Ou seja, estamos a lidar com números totalmente falaciosos (que influenciam também na taxa de mortalidade).

Isso depende da estratégia, da vontade, dos recursos e da transparência do país.

Os EUA por exemplo, estão-se preparando para optar por uma via de levantar a quarentena generalizada e controlar os focos de infecção por zona, com uma abordagem específica para cada caso e cada situação.

Para tal fazem testes em massa para, entre outras coisas, saberem onde existe o vírus, mapear o país. Algo semelhante ao que a Coreia do Sul fez, que optou por fazer testes em larga escala.

Já outros países têm uma estratégia mais defensiva, uma visão limitada, de simplesmente testar quem apresenta sintomas fortes, numa óptica de simplesmente dar conta de identificar e tratar dos casos.

Depois de um problema inicial na CDC, com testes que não eram apropriados para larga escala, os EUA começaram nestes últimos dias testando a todo o vapor, o que resultará numa contínua expansão dos números.

Em apenas 8 dias testaram mais gente do que a Coreia do Sul desde o início do surto.

Por esta lógica, e nesta fase, sabendo que o vírus muitas vezes nem tem sintomas, ter mais casos, é quase "motivo de orgulho", é sinal de que o tamanho do problema está sendo DEVIDAMENTE MEDIDO e identificado.

Dito tudo isto numa só frase:

Quanto mais um país testar mais casos irá encontrar.

Então, tenha cuidado com números. A matemática é rigorosa, mas os números que você introduz numa equação podem ser totalmente fantasiosos.

Inclusive, segundo a Dra. Deborah Birx, coordenadora da "taskforce" da Casa Branca, os modelos que foram concebidos para calcular e prever a evolução do vírus, estão sendo refutados pela realidade.

O que faz lembrar, certos outros "modelos", que são usados para calcular certas outras coisas, e que se confundem com realidade...


Embaixada da Resistência

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