O fechamento de fronteiras internacionais e divisas locais, estaduais e municipais, a suspensão dos direitos e garantias individuais inerentes ao direito de ir e vir - pois sem estes não há livre iniciativa, trabalho e liberdade -, são inerentes ao "estado de sítio" e este é um recurso típico de tempos em que nação enfrenta uma guerra total que determina a mobilização de todos os recursos e vontades nacionais para sua salvação.
Ao longo da Idade Média foi sendo construída a tese de governo centralizado no rei, que teria o encargo de promover a defesa do território contra agressões externas, e, em troca, a sociedade, no caso os grandes senhores feudais e as cidades comerciais forneceriam os recursos necessários para o financiamento do empreendimento guerreiro. Esta é origem dos "tributos" e da ideia de mobilização nacional com fundamento em uma lei marcial (estado de sítio).
Entre os séculos XV e XVII, as grandes guerras europeias mobilizaram povos e nações em guerras religiosas, guerras de mobilização total que dividiram famílias e resultaram em milhões de mortos e uma devastação inédita até então, principalmente em seu auge, durante a guerra dos trinta anos, a primeira fase de guerra ideológica no Ocidente que desenhou o mapa da Europa Moderna e estabeleceu definitivamente os limites dos principais Estados Nacionais europeus.
Entre meados do século XVII e até quase ao final do século XVIII, as lutas nacionais tornaram-se questões ditadas por interesses de expansão colonial e de sucessão dinástica, um período de estabilidade socioeconômica que favoreceu o crescimento de uma classe média e permitiu o desenvolvimento de uma sociedade letrada, que se julgava portadora da luz da razão.
Os cafés de Paris, na fase anterior à explosão revolucionária iniciada na França, serviam de plataforma de disseminação de novidades e boatos, de sonhos quiméricos e articulações políticas, a imprensa surgia como agente político por meio de panfletos e jornais, sendo Voltaire o símbolo maior de uma nova era em que celebridades da mídia seriam formadoras de opinião para o bem, e, principalmente, para o mal.
Os franceses, na tentativa malsucedida de copiar a revolução americana, criaram alguns conceitos fundamentais para a modernidade:
- Estado totalitário que se fundamenta na política do terror e do genocídio legalizados em nome da democracia revolucionária;
- Guerra total com o consequente alistamento obrigatório e mobilização de toda produção nacional para o esforço de guerra;
Ao longo do século XIX e XX, as ferramentas inerentes à burocracia totalitária e à guerra total andaram de mãos dadas para estabelecer a lei marcial aos povos e nações, seja por parte dos governos agressivos, quanto por parte dos povos agredidos. Lembre-se que mesmo nos EUA houve permissão para um terceiro mandado de Franklin D. Roosevelt, durante a Segunda Guerra Mundial.
Ao longo dos últimos séculos sempre foi pressuposta uma ameaça real e mortal para ativar máquina de guerra total, e da política totalitária que a acompanha: a lei marcial que submete os cidadãos à disciplina draconiana.
A tecnologia de comunicação migrou do suporte impresso em celulose (jornais e revistas) para o o meio de uma nuvem eletromagnética de dados audiovisuais.
Agora não mais se faz necessário que haja ameaças reais, bastam ameaças virtuais para ativar a lei marcial (estado de sítio).
O governo não mais precisa ativar a burocracia para impor o terror de forma oficial, bastam as técnicas de manipulação psicológica, como o caso em que se utilizam argumentos de autoridade (OMS, ciência, especialistas, estatísticas), por meio do bombardeio midiático para instilar o medo e o pânico na população.
Hoje assistimos autoridades constitucionalmente incompetentes decretarem a "lei marcial" contra o inimigo invisível.
O cidadão está com suas garantias fundamentais suspensas por imposição de simples decretos, cada ato deste um ato de secessão política contra a unidade Federal.
A nova ideologia totalitária agora tem base médico-socialista, esquecem-se que o médico cuida de um paciente de cada vez, não da sociedade como um todo.
Quem imaginaria que o novo Estado Igreja seria a Organização Mundial da Saúde - OMS, sob cujos decretos até mesmo a Igreja se submeteria?!
Estamos na quaresma e o mundo entrou no deserto da guerra total contra o medo da morte de uma gripe, que nos conduz para as variadas mortes causadas pela desnutrição e pela depressão.
A dor é uma excelente mestra, se até mesmo Deus encarnado padeceu sua Paixão, é muito adequado do ponto de vista simbólico que a humanidade assista agora aos inumeráveis Pilatos lavarem suas mãos e decretarem a morte de infinitos cordeiros em nome de uma salvação neste mundo.
O Brasil e o mundo experimentam todos os efeitos da guerra total; todos estamos submetidos à lei marcial, o crime é o fundamento de todas estas medidas absurdas; o acerto de contas virá em seu devido tempo.
Originalmente em:
http://wernerncoelho.blogspot.com/2020/03/uma-reflexao-sobre-nosso-atual-estado.html
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