Dobrando à Direita - Fábulas Fabulosas e suas lições ou, você já está sabendo dos outros?

O mais recente (é, porque houve e haverá outros, largue de ser "donzelo", abobalhado, imaginando que tudo o mais dará sempre ou muito certo, mesmo que você diga: "Não, eu sei", e caia de novo) problema ocorreu com ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro e o presidente Jair Bolsonaro. Não era algo oculto sobre Moro não saber NADA ou de caso pensado negligenciar a Guerra Cultural (Qual a conexão? Adélio + alguém ajudou, quem foi? + incapacidade voluntária ou não em resolver + mudança para alguém que possa + ego, vaidade e não o cuidado com o país + correr para um lado da tesoura...), algo maior que lidar com detalhezinhos ou obviedades como "Combate à corrupção" (o PT dizia a mesmíssima coisa e nada mais sobre hegemonia e controle).

Um assunto que me é conhecido e vejo semelhança, por isso o uso: o Josué bíblico, não tendo cuidado com o primeiro despojo de guerra, negligenciando (não sendo conivente, mas relapso) o furto de Acã, levou um revés em uma batalha fácil e foi cobrar de Deus que, imediatamente disse: Amigo, repare que há um problema não resolvido. Vai, resolve e continue lutando. A história bíblica é fiel e nos é útil.

Já em outra obra na literatura comum, do passado - ah! Aquele "lance" do conservadorismo, onde a tradição tem valor e é lição -, Millor Fernandes, em um trecho da Coletânia Fábulas Fabulosas, traz o:

Cão! Cão! Cão!

Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou apenas que ele, amigo, viesse acompanhado de um cão. O cão não muito grande, mas bastante forte, de raça indefinida, saltitante e com um ar alegremente agressivo. 

Abriu a porta e cumprimentou o amigo, com toda efusão. "Quanto tempo!" O cão aproveitou as saudações, se embarafustou casa adentro e logo o barulho na cozinha demonstrava que ele tinha quebrado alguma coisa. 

O dono da casa encompridou um pouco as orelhas, o amigo visitante fez um ar de que a coisa não era com ele. "Ora, veja você, a última vez que nos vimos foi..." "Não, foi depois, na..." "E você, casou também?" O cão passou pela sala, o tempo passou pela conversa, o cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa quebrada. 

Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, mas perfeita indiferença por parte do visitante. "Quem morreu definitivamente foi o tio... Você se lembra dele?" "Lembro, ora, era o que mais... não?" O cão saltou sobre um móvel, derrubou o abajur, logo trepou com as patas sujas no sofá ( o tempo passando) e deixou lá as marcas digitais de sua animalidade. 

Os dois amigos, tensos, agora preferiam não tomar conhecimento do dogue. E, por fim, o visitante se foi. Se despediu, efusivo como chegara, e se foi. Se foi. Mas ainda ia indo, quando o dono da casa perguntou: "Não vai levar o seu cão?" "Cão? Cão? Cão? Ah, não! Não é meu, não. Quando eu entrei, ele entrou naturalmente comigo e eu pensei que fosse seu. Não e seu, não?" 

Moral: Quando notamos certos defeitos nos amigos, devemos sempre ter uma conversa esclarecedora. 

E olha que aqui, no Blog, o texto veio em 2012 - https://generalidadesgeneralidades.blogspot.com/2012/08/moral-quando-notamos-certos-defeitos.html 

Para que não haja mais:

O Flávio estava escrevendo sobre o assunto há um bom tempo e traz uma das reminiscências disso.

Há duas outras pessoas que acompanho publicações e apontavam problemas com Moro: a Lucília Coutinho e Rubia Mackin. Certamente houve e há mais, porém destas, uma vez aqui, outra acolá, lia algo que se perdia com o excesso de assuntos concorrentes de minha parte (blog, aula, rádio, consultas sobre o que sei e não...).

E sim, houve quem pusesse panos quentes na prevenção para algo que ACONTECEU. Em comum MBL, Bebianno, Moro e outros que desconheço, porém são conhecidos de outras pessoas dentro e fora do governo, têm aquele negocinho do texto de Millor. Se não lembra, volte e leia.

Está aí a questão: a necessidade de grupos, pessoas voltados APENAS para busca, avaliação, leitura de cenários e indivíduos, trazendo conclusões, métodos, meios de ação e alguma previdência.
 
Melhor é começar a dar uma pesquisada sobre as pessoas no atual governo para não ficar surpreso, ou tão. Também: não deixe para uma ou duas pessoas fazerem isso.


P.S.: O texto não é para progressistas ou "isentistas" (o título deveria ser claro, mas os cérebros nem sempre são). Caso faça um esforço, soará como Socialismo e Liberdade - inconcebíveis, irreconciliáveis, impossíveis.

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