Dobrando à direita - cheirando à estratégia das tesouras, local:



"Oposição não se une", "Oposição precisa se encontrar", "Fulano não esteve presente no encontro xyz", "A melhor aposta é beltrano", "Amei ciclano que acabei de conhecer, pelas vinte palavras significativas, ouvidas hoje"...

Originalmente assim ou em versões parecidas são os informes de periódicos eletrônicos e pessoas aleatórias sobre a eleição a prefeito no Recife, a respeito dos que são nomeados opositores ao PSB, PT.

"Precisamos tirar esses partidos do poder", diz o mais entusiasta desejoso de que seu favorito chegue ao governo. Até aí entende-se a falta de concatenação mental, mas o "Precisamos tirar a esquerda do poder" com quem há, xiiii!


Poucos anos atrás a rivalidade entre o PSDB e PT apresentava os tais como irreconciliáveis adversários, antitéticos eternos, não os revezadores combinados do poder. Bem, ainda bem que a perseverança em demonstrar à exaustão esse falso afastamento, apresentado pelo professor Olavo de Carvalho, resultou em obter o conhecimento sobre os grandes movimentos globalistas e suas representações em menor dimensão; menor até para as ações nos municípios. Você acha mesmo que não se refletiu / refletiria nos candidatos à disputa em 2020?

Você pode não ter chegado a essa conclusão e, se assim foi, tornou-se sargaço ao sabor das ondas, ou pode ter conseguido, mas a ignora, crendo no sucesso da empreitada do seu preferido ao voto. Consequência? Que fique para depois para você e para os demais.

Procure cacoetes, idiossincrasias, calabouços semânticos dos que se colocam à direita, ou próximos a isso e.... Achará bocas cheias de "machismo", "carisma" (pronto! Chama o Silvio Santos, lá, lá, lá lááá, oiiii!), "Eu sou amigo de todo mundo", "Mundo melhor" "Tenho família" (seja qual seja o ajuntamento denominado), etc. São as prisões mentais, verbais criadas pelo progressismo em tudo quanto é canto e aqueles crentes do afastamento delas são os "filhos da fala" de sempre.

No evangelho segundo Lucas, Jesus trouxe uma parábola (Lc 11:24-26) sobre uma entidade maligna que, tendo saído de uma casa (corpo), vagueia e não achando outro local, retorna ao mesmo infeliz que, tendo apenas varrido e arrumado, mas não ocupado a casa com alguém (santo), tem invadida a "propriedade" com mais sete entidades piores. A desgraça completa. Na melhor das hipóteses, os postulantes estão só com a limpeza da sexta-feira.

Um (um, replay) caminho - Quais desses pré-candidatos opositores estiveram presentes em encontros, conversas, realizaram aproximações com os grupos (plural, plural) à direita, com interesse genuíno em livrar-se dos espíritos maus e "ocupar a morada", sem tentar cooptar pessoas, agradar grupos como a um bichinho? Qual buscou tratar, não como acessória, mas prioritária a preparação intelectual com os autores conservadores vivos e não mais?

"Ah, eu não sabia"... "Ah, ninguém me disse"... É? Agora está.   

Com o lido acima, pense agora nas conversas virtuais que apontam esse, aquele como o ideal, maaaaaas, faltando conhecer-se e conhecer a realidade complexa, hoje, apertada em uma caixa chamada eleição, dentro de um gigantesco gaveteiro pleno de seções acima e abaixo, será outra obra de Sísifo.

P.S.: Não, não é federalizar a discussão, quando há problemas locais a serem solucionados, sim, mas com que método propõe-se resolvê-los, por exemplo: educação com péssimos índices locais e globais, pensar em ausência de mais financiamento e não nas diretrizes (Agenda 2030, por exemplo, que ESTÁ nos municípios), como causador do declínio, já se deu uma pista de quem é e o que sabe o pretendente. 

Jacaúna Medeiros

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