Nos curso das últimas décadas, a propriedade dos órgãos de mídia em todos os países concentrou-se nas mãos de uns poucos grupos megabilionários, todos eles envolvidos até à goela no projeto da “Nova Ordem Mundial”, e com isso tais órgãos mudaram radicalmente de função no corpo da sociedade. Se antigamente eles existiam para informar e opinar, concorrendo uns com os outros no desempenho dessa dupla função e escorando a autoridade das suas opiniões na riqueza e variedade das seções informativas, com a concentração da propriedade a concorrência tornou-se inútil e até prejudicial. A antiga noção de “furo” praticamente desapareceu: o que sai num jornal (ou noticiário de rádio-TV) sai em todos.
Concomitantemente, a variedade das opiniões foi substituída por uma uniformidade maciça, que reforça formidavelmente a autoridade do conjunto, dando ao consenso noticioso ares de verdade científica inquestionável (se não de revelação divina), na mesma medida em que libera cada um desses órgãos de toda obrigação de vencer a concorrência em disputas pela maior credibilidade. O resultado desse processo é claro e visível: o poder de persuasão da mídia aumenta na razão direta da sua crescente e confortável irresponsabilidade.
Mas não pensem que esse é o lado mais temível da coisa toda.
Mas não pensem que esse é o lado mais temível da coisa toda.
Na mesma medida em que a autoridade da mídia cresce e sua confiabilidade diminui, sua função noticiosa cede lugar à difusão dos clichês e slogans a serviço da Nova Ordem Mundial, enquanto, paralelamente, a função opinante, num ambiente de uniformidade consensual que reduz toda discussão a um simulacro teatral, se transfigura numa engenharia de controle da opinião popular e, "ipso facto", em mecanismo de exclusão e censura de fatos e idéias inconvenientes.
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