Até não muito tempo atrás, o debate sobre aborto era pautado pela percepção, até mesmo pelos seus defensores, que o ato em si era algo RUIM e que deveria ser evitado. O esquerdista Bill Clinton falava que "o aborto deve ser algo legal, seguro e RARO", por exemplo.
Ainda em 2006, o próprio Joe Biden afirmava que NÃO considerava o aborto "uma escolha e um direito", mas sim uma "tragédia", que deveria ser "raro e seguro", e que o foco deveria ser em "limitar o número de abortos através de regras de bom senso".
Na semana passada, Biden fez um discurso, após a decisão da Suprema Corte que mudou a interpretação sobre o aborto ser um direito constitucional, afirmando que a Corte havia "retirado um direito fundamental das mulheres" e prometendo tomar medidas para restabelecê-lo.
A mudança marca a radicalização da esquerda sobre o tema. Não há mais discussão sobre quando começa a vida, e até que momento da gestação o aborto deveria ser autorizado, levando em conta que há um SER HUMANO com consciência e que sente dor, no ventre de uma mulher.
Não, o objetivo agora é buscar a legalização completa do procedimento, mesmo até o final da gestação, sendo que alguns ainda mais radicais defendem até mesmo o ASSASSINATO de um bebê APÓS o nascimento. Vimos isso também no Brasil, no caso da menina que abortou com 29 semanas.
Tal postura demonstra o colapso da moralidade básica, e a vitória do materialismo absoluto, que limita a experiência humana à possibilidade da gratificação dos sentidos, principalmente através do sexo e do uso de drogas, e trata o ser humano como um amontoado de células.
Qualquer coisa que possa atrapalhar o prazer, ou ser um incômodo, deve ser afastado, mesmo que isso represente a morte de um ser humano indefeso. A possibilidade de eliminar seres humanos para atingir certos objetivos é a marca de regimes como o nazista e o comunista.
Infelizmente, tudo isso demonstra que a humanidade regrediu moralmente e está num ponto propício para se desintegrar, repetindo as tragédias ideológicas do século XX. Tudo irá piorar de forma acelerada, a partir de agora.
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