Dobrando à Direita, atualização

 

Ora no Nacional, ora no Estadual. Mais no segundo.

São centenas de grupos conservadores e assemelhados no país, e quantos deles estão fazendo o trabalho de base - nas cidades, bairros: estudando, ensinando e envolvendo-se na comunidade, dia-a-dia, para que sejam conhecidos e confiados? Há quem deixe para depois desde 2014... Vontade eletrônica é pouco, bem pouco.

O alvoroço no pós-domingo das eleições quanto ao segundo lugar não se resolve postando fotos, vídeos, memes para os mesmos grupos as mesmas coisas, ou fatos desenterrados que comprovam o quanto vilões são vilões, aos companheiros dos vilões - caso para a ponerologia. É preciso chegar aos isentistas com uma conversa mais impactante e, aos simples, com a mostra de que é melhor agora que antes, sob muitos aspectos. Há um terceiro grupo que é provável nada ser conseguido, pois viram certas pautas não acontecidas - a esse respeito, fica para outro post. Gaste tempo com os isentistas e simples com ênfases diferentes, repito.

No vídeo acima, o herói, após tentar em vão convencer zumbis da cura, faz cara de decepcionado com a impossibilidade. Não seja a lenda.

Em Pernambuco, Gilson Machado obteve um milhão, trezentos e vinte mil, quinhentos e cinquenta e cinco votos. 29,5% dos votos válidos, muito perto dos 29,91% dos votos dados a Jair Bolsonaro no estado. Isso demonstra que o voto foi "casado". Gilson foi rifado, como candidato ao senado, em 18, esteve discreto na transição do governo em 18-19, foi Ministro do Turismo muito ocupado para estar no estado constantemente e só desincompatibilizou-se para disputar o senado no limite do permitido. O que ele conseguiu foi espantoso para alguém cujos votos, comentava-se à boca miúda, não fossem mais que 200 mil. Um feito e tanto para alguém que se defendia em princípio candidato a deputado federal. É pessoa que não se pode dispensar, deixar em um canto sendo médico veterinário, ou um cargo que o afaste do estado. Ele adquiriu "maioridade política".

Raquel Lira está tranquila quanto ao apoio dos bolsonaristas e outros despertos sobre a figura Marília Arraes, justamente por isso. Se em 20, muitos escolheram "caladinhos" uma pessoa do Partido Socialista Brasileiro em lugar da petista à época, mais aceitável será uma social-democrata, neste momento. Ficar pedindo posição dela quanto ao voto em Bolsonaro será tão útil quanto enxugar gelo. Raquel, ao não tomar partido na disputa nacional, também terá voto de socialistas (e até mesmo petistas, eita!) que não querem, de jeito nenhum, Marília Arraes.

Dos candidatos mais ligados a movimentos conservadores no estado, Renato Antunes conseguiu eleger-se deputado estadual. Em 2023 ele inaugurará uma nova fase, na Alepe. Essa importante vitória poderá ajudar nas eleições de 24, contando com alguém que sabe o que é, está reconhecido como tal por responsáveis e participantes dos grupos (não estando, então, forçadamente autodeclarado) e que poderá dar suporte aos movimentos a fim de ocuparem espaços nos municípios. Sobre isso é importante chamar a atenção dos que se alegam conservadores, à direita, vitoriosos na Câmara Federal e Assembleia Legislativa de Pernambuco - o da "obrigação moral" de apoiar todo e qualquer conservador, direitista de verdade, caso haja esse, que pretenda assumir cargo em 2024.

As lições do professor Olavo de Carvalho continuam lá nas obras, vídeos, posts dele, esperando os que saibam de cor e façam de coração.

Até outro dia.