Eu entendo aqueles jumentos que adoram criticar estas pessoas que buscam uma vida intelectual, é um misto de inveja e sentimento doentio de inferioridade, mas pessoas intelectualizadas criticando quem compra livros? Que p... é essa?
Mesmo que a pessoa seja um comprador compulsivo, alguém no círculo de vizinhança será beneficiado, sem esquecer que para outros ele será um exemplo.
É incrível como neste país a sabotagem contra a vida intelectual é institucionalizado na mentalidade geral. É mais forte que um mandamento divino.
Deixe pelo menos passar uns 200 anos de gente comprando compulsivamente livros para, aí sim, ser de vida eterna, você compartilhar sua importantíssima crítica. Até lá, fica calado.
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Por isso, eu só incapaz de levar a sério meio mundo de cursos de introdução à vida intelectual ou temas correlatos que surgiram às centenas nos últimos anos. Praticamente todos, com exceção de uns três, passam por cima deste problema inescapável. Ignoram de tal forma que parecem estar oferecendo suas sabedorias como se o indivíduo estivesse mergulhado em uma Atenas na época de Platão ou em uma universidade recém inaugurada na baixa Idade Média ou na Viena no final da belle époque.
E se as palavras deste ilustre desconhecido não conseguem sequer brotar uma coceirinha em sua cachola a respeito deste assunto, então sou obrigado a lembrar que em todos os cursos, livros e palestras o professor Olavo não apenas fazia alusão a este nosso problema antropológico como tomava-os como ponto de partida das suas investigações filosóficas. E sua milhares de aula gravadas e transcritas são testemunhas disso.
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Sobre este último, na esquerda, há pesos e contrapesos. Por força da tradição do movimento revolucionário, o intelectual ainda goza de prestígio e incentivo. Na direita, ele é sumariamente esquecido e menosprezado.
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