O homem






Lá vai o homem da cabeça erguida
Andando às calmas rumo ao infinito:
Varando a morte, passa, agora, à Vida
Obcecado pelo Sol do Espírito.

De cá, ficamos — gratos, mas sentidos —
Esperançosos quanto à nossa herança.
Com sua palavra, nós, comprometidos,
Aportaremos no que não se alcança.

Remata a morte, enfim, o que ele era:
Vetusto insano de razão repleto,
Amante da verdade e dos irmãos.

Louvemos, homens, com uma vida inteira!
Honremos com a palavra e, com afeto,
Obremos o ouro posto em nossas mãos.

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