Com um jurídico desmantelado, o que fazer?



O deputado Nikolas Ferreira tocou num ponto crucial, a mais absoluta falta dos meios de ação diante de um regime ditatorial. Em várias discussões com amigos advogados, constatamos o óbvio: depois do desmantelamento completo do ordenamento jurídico de um país, resta praticamente o NADA. 

Nação em que a lei é inútil, o arbítrio impera e torna-se a nova “lei”. E é o que vemos no país.

Criaram um eufemismo para o monstrengo tupiniquim, a chamada “excepcionalidade”. Em nome dela, a pretexto de um sofisma cínico, da defesa de uma democracia que não mais existe, cometem-se as maiores atrocidades jurídicas. 

Uma situação que foi normalizada no Brasil e arranca aplausos dos autoritários defensores de terroristas e democratas de festim. A verdade é que o mal, até o presente momento, está vencendo com folga. Até os que pareciam corajosos estão amedrontados. A justiça acovardou-se e transformou-se mefistofelicamente em injustiça. 

O que fazer então? Resignação não é uma boa opção. Povos que foram dominados por tiranias e se resignaram, pereceram ou perpetuaram a condição degradante de suas vidas. 

Precisamos de coragem para lutar contra as iniquidades e tiranos. É preciso coragem para enfrentar o demônio. Como disse Winston Churchill, “a coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras”.

Claudia Wild

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