O elo para o financiamento da impressão do Manifesto Comunista foi ninguém menos que Jean Lafitte, o pirata da Lousiana, que era, dentre suas ocupações tardias, um espião espanhol e um mensageiro para um grupo de banqueiros americanos.
A evidência para essa reviravolta na história moderna foi ignorada pelos historiadores modernos, embora os documentos, autenticados pela Biblioteca do Congresso e outras fontes, estejam disponíveis há trinta anos. É extraordinário que os primeiros acadêmicos a registrarem essa fonte do financiamento de Marx tenham escrito em francês, e não inglês!
Foi um livro francês de Georges Blonde, intitulado 'Histoire de la Filibuste' que expôs a história notável de Karl Marx como amigo de Jean Lafitte, o pirata que "financiou a impressão do Manifesto do Partido Comunista." De onde Blond extraiu essa informação? Ela se originou em dois livros publicados em Nova Orleans por Stanley Clisby Arthur, "Jean Lafitte, the Gentleman Rover" e "Journal of Jean Lafitte".
Esses livros contêm documentos originais que descrevem os encontros entre Marx e Lafitte, assim como o método usado para financiar o Manifesto. Mas agora, se você pesquisar o nome de Jean Lafitte na Enciclopédia Britânica, descobrirá que Lafitte morreu em 1823 e não poderia, portanto, ter financiado Marx em 1847 e 1848.
Infelizmente, a Britânica está errada, como em muitos outros casos. Lafitte foi para o submundo por volta de 1820, e viveu uma longa e excitante vida como mensageiro de banqueiros e homens de negócio americanos. O papel de Lafitte como mensageiro subterrâneo para os banqueiros americanos é notado no The Journal: 'Empregamos quatro homens secretamente para espionar e relatar cada conversa pertinente e fazer relatórios verbais sobre quaisquer acontecimentos novos. Executamos muito bem nossas missões secretas. Tínhamos apenas dois navios operando regularmente sob contrato privado com os banqueiros da Filadélfia. Decidimos e juramos que nunca visitaríamos bares e viajaríamos pela mesma rota duas vezes, além de nunca retornarmos à Lousiana, Texas, Cuba ou qualquer um dos países hispânicos.' No mesmo relato, sob a data de 24 de abril de 1848, descobrimos a seguinte nota: 'Minhas conversas foram breves, mas diretas. Vivi na residência do Sr. Louis Bertillon em Paris e às vezes em hotéis. Encontrei-me com os senhores Michel Chevreul, Louis Braille, Augustin Thierry, Alexis de Tocqueville, Karl Marx, Friederich Engels, Daguerre e muitos outros.' Então Lafitte faz a afirmação que abre nossos olhos: 'Ninguém conhecia os fatos reais sobre minha missão na Europa. Abri uma conta num banco parisiense, um crédito com garantias para financiar dois jovens, o sr. Marx e o sr. Engels, para que pudessem realizar a revolução dos trabalhadores em todo o mundo. Essa agora é a obra deles.'
E aí temos a revelação: Jean Lafitte era o agente dos interesses bancários americanos e organizou o financiamento do Manifesto. No Journal, o leitor encontrará outros nomes proeminente, a saber, Dupont, Peabody (Morgan), Lincoln, etc... Enquanto Jean Lafitte estava em Bruxelas, ele escreveu frequentemente a seu amigo de Saint Louis, o artista De Franca, relatando o financiamento de Marx.
Aqui está a tradução da carta datada de 29 de setembro de 1847: 'Estou a deixar Bruxelas rumo a Paris, em três ou quatro semanas irei a Amsterdã, e depois irei em direção à América. Tive uma série de conversas com o sr. Marx e o sr. Engels, mas me recusei a participar de conferências com os outros debatedores que estavam a compor o manifesto, pois não queria ser identificado por outros homens. O sr. Engels irá comigo a Paris, de forma a preparar o calendário de financiamento para ambos, com grande antecedência, para que avancem em seus manuscritos, transformando também em texto 'O Capital e o Trabalho.' Desde o princípio pareceu-me que os dois jovens são dotados da mais alta inteligência, e acredito firmemente que merecem essa avaliação pela pesquisa estatística que levou à descoberta sobre 'La Categorie du Capital', ou "Valor, Preço e Lucros." Eles penetraram um tempo esquecido de exploração incessante do homem pelo homem. Do servo medieval e do escravo assalariado descobriram que a exploração é base de todo mal.
Demorou muito para que fosse preparado "O manifesto para os trabalhadores de todo o mundo." Um grande debate se desenrolou entre os dois jovens e muitos outros homens de Berlim, Amsterdã, Paris e Suíça. Estou entusiasmado quanto ao manifesto e outros prospectos futuros, pois sustento os dois jovens de bom coração. Tenho a esperança e rezo para que os projetos se unam numa poderosa doutrina que faça tremer os alicerces das mais altas dinastias e as deixe para serem devoradas pelo populacho. O sr. Marx me adverte e me avisa para que não lance o manifesto sobre toda a América, pois há outros operadores em Nova Iorque. Contudo, espero que Jean ou Harry mostrem o manifesto ao sr. Joshua Speed, e que ele, por sua vez, o mostre ao sr. Lincoln. Sei que nada pode entrar em seu caminho, pois teria ainda a mesma chance de sucesso.
Sua recepção em Washington seria uma promessa sagrada de que o meu caminho está em conformidade com a política atual da República do Texas. O sr. Marx aceita alguns de meus textos sobre a comunas, que fui forçado a abandonar algum tempo atrás, sopesando cuidadosamente regras e regulamentos que não se baseiem numa pura e simples Utopia, sem preâmbulo ou corpo, sem uma sólido fundamento para construção. Concordei então com os dois jovens sobre meus sonhos utópicos do passado. Fez-se um sacrifício para preservar o grande manuscrito que foi composto, para que possa durar eternamente com o brilho das estrelas, sem que possa ser abusado ou explorado pelos poderosos. Para meu desalento, concordei com os abusos praticados na última parte do mesmo ano quando o Dragão foi erradicado e totalmente abolido. Descrevi minha segunda comuna, que fui obrigado a dividir e abandonar às chamas em 3 de março de 1821. Depois disso tomei a decisão de me retirar às sombras. Não mais ajudarei aqueles que são contrários aos meus princípios.'"
Anthony Sutton em "The Federal Reserve Conspiracy"
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