Caro Charlie Gard:


Um texto difícil de começar por causa da quantidade de sentimentos ao pensar em você e cada vez que repasso mentalmente sua imagem pretérita, ora no hospital, sozinho, ora com os pais, em atmosfera de tristeza e amor, não penso apenas em você como vítima do secularismo maldito, da Nova Ordem Mundial disfarçada e seus tentáculos marxistas, mas também nos demais que se tornarão sacrifício como ao deus moloque. Sua vida de bebê encurtada na batalha judicial só demonstrou o quanto sua existência era desprezada, afinal, a decisão de quem vive e não continua entre nós fora usurpada por um Estado.

Seus pais foram até onde podiam e sei que não duvida do quanto foram leões; a força da movimentação que fizeram e tiveram além das ilhas britânicas, com pessoas que nunca o verão crescer, irmanaram-se em apoio virtual, também financeiro, dando condição de transporte para o tratamento experimental e nova esperança, porém quis a cultura da morte, institucionalizada na justiça iluminista, que não lhe fosse oportunizada uma saída.

Presidente e Congresso dos EUA agiram dando-lhe cidadania e acolhimento, e até mesmo o vacilante chefe-mór católico, após tanta gente posicionar-se pela vida, deu declarações favoráveis a você, Charlie. Você sabe que as milhares de orações lhe foram dirigidas e além de um milagre pedido, também a conversão de corações endurecidos esteve presente nas preces.

Charlie, o relativismo comunista envenenou pessoas cuja mente enxerga em animais filhos e em filhos o nada genérico e nessa inversão perniciosa, afastadas são as pessoas do dom da vida e de seu Autor. Contrariamente a graça celestial rasgou-nos e fez-nos mais quebrantados, despertos para que agora falemos mais do seu exemplo em outros. 

Charlie me entenderá? Talvez o leitor se pergunte. Sim! Agora no seio do Pai, pleno de consciência, sem dor e sem choro, um anjinho na tenra idade e morador do Paraíso.

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