FBI, Hillary Clinton e o acobertamento de investigações:

Um resumo do maior escândalo político da história dos EUA

1) Depois de um ano de investigação sem precedentes por parte do FBI e da própria imprensa, não há uma única prova que confirme a tese de conluio entre os russos e a campanha de Trump. Quatro pessoas próximas a Trump foram indiciados por crimes como lavagem de dinheiro e por mentir no depoimento, o que é sério mas não tem nada a ver com conluio.

2) Por outro lado, abundam provas que o FBI agiu de forma política na investigação da então candidata Hillary Clinton sobre o uso de um servidor privado para tratar de assuntos do governo, o que a lei americana proíbe. Por exemplo, o então diretor do FBI, James Comey, já tinha escrito parte da sua decisão sobre o caso, inocentando Hillary, muito antes do final da investigação. Sob juramente, ele disse que recebeu ordens da então Procuradora Geral, Loretta Lynch, sua chefe, para tratar o tema como uma "questão" e não como uma investigação. Essa mesma procuradora se reuniu secretamente no seu avião com o ex-presidente Bill Clinton, marido de Hillary, semanas antes da decisão final de inocentar a candidata. Na investigação, assessores de Hillary receberam imunidade sem oferecer nada em troca, sendo que os seus laptops foram destruídos sem razão aparente. A própria Hillary testemunhou sem precisar fazer juramento de contar a verdade, entre outras atitudes extremamente não usuais para uma investigação do tipo.

3) Andrew McCabe, vice-diretor do FBI que supervisionou a investigação de Hillary e fez parte da investigação sobre o "conluio russo" é casado com uma ex-candidata democrata ao Senado da Virgínia que recebeu US$ 600 mil do então governador do estado que vem a ser um dos melhores amigos de Bill Clinton. Um pequeno conflito de interesses...

4) Um pouco após a eleição, surgiu na imprensa um dossiê falso pago pelo Partido Democrata, conforme confirmou a própria Hillary posteriormente, acusando Trump de estar nas mãos dos russos por ter feito sexo com prostitutas num hotel em Moscou, sendo filmado por câmeras escondidas, entre outras coisas esdrúxulas. Algumas passagens do dossiê são claramente falsas e não houve qualquer evidência que suporte o documento, como confirmou o próprio Comey em depoimento ao Congresso. Mesmo assim, tal dossiê foi utilizado pelo FBI para conseguir ordens judicias de escuta de membros da campanha de Trump.

5) Uma investigação interna do FBI identificou um romance entre um ex-agente, Peter Strzok e uma advogada que trabalha para a agência que produziu farta troca de mensagens de textos entre eles, onde discutiam abertamente assuntos relacionados ao caso de Hillary e também no caso do "conluio russo". Peter foi um dos principais agentes nos dois casos. Nessas mensagens, eles xingam Trump, torcem pela vitória de Hillary, falam sobre a importância de não ser "muito duro" com Hillary e chegam ao ponto de discutir uma "apólice de seguro" no caso de Trump ganhar a eleição, afirmando que discutiram tal "apólice" com o vice-diretor McCabe. Tal texto faz sugerir que a história do "conluio russo" seria essa apólice.

6) Para completar, nos últimos dias da presidência de Obama, uma das suas colaboradoras mais próximas, Samantha Power, a então diplomata dos EUA na ONU, fez vários pedidos para a NSA, a agência que recolhe inteligência dentro do território americano para que nomes de americanos envolvidos nas investigações fossem revelados. Como a Constituição garante privacidade aos cidadãos americanos pegos em interceptações, tais pedidos são feitos em casos muito especiais. Pois Samantha demonstrou interesse exatamente nos casos que envolveram o monitoramento de membros da campanha de Trump.

Resumindo, nós temos o partido no poder utilizando a máquina do Estado, especialmente a Justiça, para proteger os seus membros e perseguir adversários. Isso é coisa de republiqueta bananeira. Mas podemos ver que a esquerda tem a capacidade de destruir as instituições democráticas de qualquer país, mesmo que seja os EUA.

Infelizmente o viés esquerdista da imprensa americana faz com o que o caso seja abafado. A cobertura dos últimos desdobramentos, com pequenas nuances, é que tudo não passa de um movimento de Trump para despistar o público e obstruir a Justiça, que estaria chegando perto da confirmação do tal "conluio russo".

Talvez Trump tenha alguma culpa no cartório, apesar de nenhuma prova nesse sentido ter sido apresentada até agora. Mas com certeza graves crimes foram cometidos por servidores de alta patente na administração Obama, coisas que fazem o Watergate parecer brincadeira de criança.

Em nome do combate ao conservadorismo de Trump e da proteção da imagem de Obama, o herói da esquerda, vale tudo, até mesmo abafar o maior escândalo político da história dos EUA.

Leandro Ruschel

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