Desperdício de Inteligência:

Stephen Kanitz
Quantos brasileiros são excepcionalmente inteligentes?
Ninguém sabe.

E onde eles estão? O quê faríamos com eles quando os descobríssemos? O quê nossos Ministros da Educação fizeram com eles, esses diamantes brutos, se é que sequer procuraram?

O Brasil tem uma vantagem de ter uma população colossal. Por isso temos, sim, uma massa crítica de pessoas excepcionalmente inteligentes que poderiam fazer uma enorme diferença se fossem detectadas a tempo, nutridas, supervisionadas, e encaminhadas aos nossos melhores centros de pesquisas.

Para as nossas MITs, Harvards, Hopkins, Stanford, Santa Fe Institute, onde muitos de nossos superdotados brasileiros irão terminar, detectamos pelo governo americano que foram. Quando fiz um intercâmbio estudantil de um ano nos Estados Unidos, fiquei na casa de uma família que possuía um filho de QI 150, com 15 anos de idade.

Ele havia sido detectado cedo no colegial, o teste de QI é administrado a todo americano no início do Colegial. Nesse caso, obrigar gênios a seguirem a grade curricular de nós, pobres mortais, é destruí-los.

Por isso permitiram ele ser matriculado imediatamente em Harvard, com somente 15 anos de idade. Ele tinha uma psicóloga dedicada para lhe ajudar a conviver socialmente com pessoas de 18 anos, e suas consequências.

A preocupação dos Secretários da Educação americanos, era não deixá-los se tornarem uns nerds antissociais, uns desajustados com relação aos seus pares. Queriam torná-lo um líder nato no final do processo, para ser um deputado federal, um empresário ou administrador de grandes empresas, e não um professor de filosofia frustrado com a vida por que “ninguém me ouve”.

Aqui, cuidar dos mais inteligentes é considerado elitismo, segregacionismo, favoritismo.

Entrem no site do Ipea ou do IBGE e tentem descobrir quantas pessoas superinteligentes nascem por ano no Brasil.

Pensem um pouco como nossa sociedade trata as pessoas mais inteligentes desse país - é muito mais com desprezo do que admiração.

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