Lucília Coutinho |
No mundo real, o kominform, isto é, a mídia toda, expõe sua agenda aos adeptos e só fala desse 1% que domina o país (não, a Presidência da República não domina o país) e ataca quem se dispõe ao hercúleo trabalho de reconstrução.
Sempre vêm à tona notícias de famosos ou nem tanto que se dizem perseguidos sem mostrar sequer uma prova, um B.O., apenas histeria para se fazer notar e prorrogar os 15 minutos de fama, sempre divulgados por quem? Por quem quer um mundo normal minimamente honesto e habitável.
Não adianta falar, sempre vai aparecer um, alegando "denunciar", que vai estender a fama de quem merece o anonimato e o ostracismo eternos.
Estes denunciantes devem ter alguma tara e precisam sempre se revoltar -- ou causar revolta no próximo -- contra o que não sabe combater.
Uma forma de combate é não dar atenção a quem não merece atenção.
Em contrapartida, estes denunciantes também não divulgam as vitórias, daí termos sempre a sensação de derrota e permitimos a sobrevida do kominform.
Uma das formas de vitória do kominform ao longo das últimas décadas foi aprisionar na espiral do silêncio as vozes que o contestavam. Ou seja, censurava, escondia, "não se fala do Olavo", e ainda promovia sua agenda, só falava de seus líderes e símbolos mais caros, como Lula, Dirceu e mais uma penca, além de dar suas palavras de ordem: não reaja, justiça social, vítima da sociedade etc.
Crescemos sob estas palavras de ordem acreditando que era assim mesmo.
As vozes antes abafadas agora ressurgem e fazemos o quê? Damos atenção aos difamadores. Sim, é revoltante, mas sem um plano de ação, nada podemos fazer, e não teremos um plano de ação tão cedo, talvez nunca venhamos a ter. A única arma que temos à mão é a espiral do silêncio.
Individualmente, na nossa vida pessoal, conforme a capacidade financeira e intelectual de cada um, temos meios de reagir a quem nos ataca desde que nos livremos do reflexo condicionado "não reaja", desde que abjuremos da crença na existência de vítimas da sociedade e de justiça social.
Justiça é justiça, a partir do momento em que ganha um adjetivo, qualquer um, não é mais justiça, mas eufemismo para crime.
Passa-se tanto tempo caçando ratos magros nas frestas das casas abandonadas que se esquece de construir uma casa a prova de ratos.
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