A diminuição da capacidade do indivíduo de se defender psiquicamente:

Nas primeiras leituras do "Jardim das Aflições", uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o alerta para o abuso no uso de "programação neurolinguística", PNL para os íntimos, no cotidiano. 

Alguns acadêmicos até hoje torcem o narizinho chamando-a de pseudociência. Mas ela jamais foi uma ciência, e sim uma técnica. Técnica é um conjunto concatenado de procedimentos de natureza homogênea ou heterogênea que visa um fim. E por mais que haja quem a desqualifique, a danada da PNL produz, sim, resultados. 

Autoajuda, por exemplo, é PNL pura. O cientista ou cético que a critica, antes de sair de casa, passa os olhos naquele livrinho ou naquela página impressa e colada na geladeira com frases motivacionais. O problema: a que custo?
 

Mexer na teia emaranhada de cadeias e esquemas psicofisiológicos sem o devido preparo fatalmente acarretará em infortúnios e máculas que serão levados pelo resto da vida. Uma das primeiras coisas que acontece é a diminuição da capacidade do indivíduo de se defender psiquicamente. E olha que a PNL é uma entre tantas outras técnicas psicológicas.
 

Nós somos bombardeados continuamente por estas técnicas, buscando nos reprogramar ou nos condicionar a um certo estado ou condição. A televisão por anos foi o canal preferencial. O cinema também é outro canal. Com a internet, elas precisaram alcançar um patamar mais sofisticado, contudo, ao contrário da TV e do cinema, em que o espectador encontra-se em um estado de passividade, quase de hipnose — ou até mesmo catatônico —, no mundo virtual o indivíduo ainda goza de uma certa autonomia, de uma certa atividade e protagonismo. Aquela mentalidade que via o mundo através do tubo de imagem choca-se hoje com a Era da tela touchscreen de LCD.

Postar um comentário

0 Comentários

Close Menu