A militância, a preparação e o "Prato do dia":

Nestas eleições municipais de 2020, os movimentos de direita receberam um duro golpe da realidade. Acreditavam cegamente que possuíam alguma influência no povão. Tenho certeza que muitos destes grupos venderam para alguns candidatos a falsa ideia de bastava um estalar de dedos que haveria uma nova onda eleitoral para empurrar políticos de última hora de direita. Numa tacada só perceberam que não tinham relevância popular alguma, que se transformaram em meros cabos eleitorais gratuitos, que ajudaram a municiar os inimigos do Presidente e que conseguiram o feito impressionante de desarticular a já caótica e desorganizada rede de movimentos de direita.

Como isto aconteceu? Seguiram piamente os conselhos de "intelequituais" da direita que os induziam a mergulhar de cabeça na concorrência eletiva. Participar efetivamente da política, para estes doutores, somente com cargo político. Esqueceram de avisar ao PSOL e PSTU que eleitoralmente são irrelevantes, mas que alcançam vitórias políticas seguidas com seus grupos de pressão: todos oriundos das universidades, sindicatos, advocacia, associações de bairros e "excluídos". Eles não possuem o oceano de "soldados" do bolsonarismo, mas possuem um exército militante bem preparado que sequer a direita um dia poderia sonhar. Como política, de fato, só se realiza com militância, então, toda vez que grupos de tresloucados apoiadores de Bolsonaro vão em turba vilipendiar e constranger os raríssimos militantes e ativistas da direita, saiba: eles estão abrindo um largo sorriso na cara do Guilherme Boulos e do Rodrigo Maia. De orelha a orelha.

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