Sobre a "Reforma Tributária", antes e depois







Bom, é a sexta de ressaca e de controle de danos pelo jeito... O que eu disse ontem ao meio dia? Tarcisio e Bolsonaro não era um racha, tratou-se de aparar as arestas A maneira descuidada virou munição pra imprensa e oposição ensaiarem desgaste e ao longo do dia perceberam que estavam fritando o Tarcísio e dando músculo pro Bolsonaro Os danos passaram a ser mitigados com o vídeo do Salles e a tentativa de desviar o comportamento de massas pra divisionismo, só que seguiram todos focados na votação da reforma e no texto final O troféu "gado de ouro" vai pro Janones que soube usar o timing e as atabalhoagens políticas do Tarcísio e ele sempre é funcional qdo se propõe com a munição adequada: A SABER, a culpa não é de quem reage é de quem cede a munição, fica a dica aí pra equipe do Tarcísio. 

Em contrapartida, CRISE NO PSOL, Samia, Glauber e mais um integrante se abstiveram da votação e estão sendo publicamente cobrados pela base, foram obrigados a postar os motivos da abstenção e estão apanhando até dizer chega, quem deve estar arrancando os cabelos é o Boulos que a despeito dos boatos sobre a indigesta relação entre Janones e Boulos, tendo o primeiro destaque pela manobra de comunicação, o segundo tem agora que lidar com as cobranças sobre a conduta de votação de sua base política. 

A turma dos liberais que não abriu a boca sobre a reforma até ontem já estabeleceu o jargão: "ser contra a reforma equivale a ser contrário ao plano real, a reforma da previdência..." bla bla bla de controle de narrativa. 

Por aqui na subsfera conservadora a tentativa desse controle está, obviamente, e como sempre, permeando na fritagem: Para "salvar" a pele do Tarcísio com a base pinçaram a insatisfação do Salles e a entrevista do Bolsonaro sobre ambas figuras políticas. E eu vou repetir a exaustão: a resposta para resultados políticos positivos não está em mirar na autofagia, mas na solidificação de bases. Se, por um lado, as condutas controversas do governador necessitem de depuração e refinamento, sobretudo no quesito comunicação, ele é o governador eleito nas bases conservadoras. Qualquer avanço que ele mesmo busque, por mais tecnicismo que esteja envolvido, ele só será "azeitado" dessa maneira quando tiver incluída na equação o resultado "racha" e "enfraquecimento". Ele não deixará de ser encarado como espólio do Bolsonarismo tão cedo; o mesmo vale para o republicanos, que já tomou uma traulitada nas municipais e nem se deu conta AINDA... A proibição de comprovação de assistência social feita nas igrejas, como condição para concorrer ao conselho tutelar. 

Isso colocado: Salles, ainda que possamos debater sobre se a beligerância interna é certa ou errada, o conteúdo do dito não pode ser ignorado e essas cobranças internas são fundamentais para os devidos ajustes. Se foi filmado e "publicizado", certamente não é um erro individual, mas da administração do PL que permitiu tais registros, muito além de gravações individuais. Ali havia imprensa e maquinário profissional. 

Qualquer nicho ideológico que investir em fritura e cancelamento vai padecer politicamente em longo prazo. Sobre a reforma, agora a "Inês é morta", tem os destaques que estão sendo votados ainda, a maioria de ontem foi reprovada e as benesses apontadas até agora padecem de lei complementar. 

Pra completar o suco de Brasil, ainda tem o Senado na equação, em dois turnos e por fim, a sanção. Eu vou ler as opiniões pinçadas por aí e aguardar o término da votação dos destaques pra ver como ficou o texto final que irá para o Senado. Quem esta fazendo esta cobertura INTEGRALIZADA faz meses é o Kim Paim. Sugiro que vão ler os apontamentos, e o deputado mais atuante neste tema é o Luiz Philippe de Orleans e Branca. 

Bom, é isso... Espero ter ajudado

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